sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Mais de 25 mil pessoas comparecem ao SemiáridoShow 2011


Eles chegam de vários cantos do Semiárido brasileiro. Trazem expectativas, perguntas e a esperança de tornar as suas pequenas propriedades mais produtivas e sustentáveis. O SemiáridoShow 2011, realizado em Petrolina (PE) entre os dias 22 e 25 de agosto, atraiu mais de 25 mil agricultores familiares, estudantes, técnicos da extensão rural para cursos, prosas, tecnologias, e para perceber que o sertão tem tudo que se precisa, e o que faltar a gente inventa, como traz no seu slogan a Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira da Bahia (APAEB).

Com a consciência de quem já que sabe que é bem mais saudável ter cultivos livres de agroquímicos, Dona Francisca Lopes da Silva, moradora de Nascente, distrito da Araripina, município pernambucano, espera que cada vez mais famílias adotem práticas sustentáveis de produção agrícola porque, explica a sertaneja, “a gente pode criar e plantar sem agrotóxicos”.

Eles são primos, vizinhos e vieram juntos para o SemiáridoShow 2011. Os jovens Necivaldo Miguel (22), e Edmilson Silva Araújo (20) saíram de Glória, na Bahia, e gostaram de aprender com a Feira diferentes formas de manejo. “Gostamos de ver as formas de cultivo, o sistema agrosilvopastoril, que ao mesmo tempo que você planta o milho, pode cultivar o capim. Aí, quando o milho for colhido, já tem o alimento para os animais”, explicam.

A dona Maria de Lurdes Caldas, do Assentamento Rio Pontal, em Petrolina, veio ao SemiáridoShow com mais 17 pessoas de sua comunidade. Com sorriso no rosto, declara: “Eu gostei de tudo, não sei dizer o que mais gostei porque é muita coisa bonita e boa para o agricultor. É muito bom”.

Já o agricultor Antônio Rodriguez encarou doze horas de viagem para chegar ao SemiáridoShow. Veio de Lagoa Seca, povoado de Campina Grande, na Paraíba. Esteve presente em três dos quatro dias de evento, sempre perguntando, conversando com pesquisadores, trocando informações com outros agricultores, conta ele. Antônio só reclama do tempo que esteve no evento. “Três dias não foram o suficiente para a gente ver tudo”, revela.

Além das caravanas das famílias agricultoras, diferentes organizações não governamentais e associações de produtores que trabalham com economia solidária e comércio justo também participaram, e enriqueceram a Feira com os sabores do Semiárido. De Valente, na Bahia, onde fica a sede da APAEB, vieram os derivados do leite de cabra que a Associação produz: queijo, iogurte e doce de leite.

O representante da Associação, Nelilton de Oliveira, responsável pela comercialização dos produtos da APAEB no SemiáridoShow, diz que a Feira foi uma ótima oportunidade para troca de experiências, e aproveita para explicar que “o leite de cabra é rico em tudo, só é pobre em gordura. É o único alimento recomendado por médicos para substituir o leite materno, caso seja necessário”.

Contato:
José Nilton Moreira – Chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia;
chtt@cpatsa.embrapa.br

João Marques – jornalista;comunic.aguadoce@cpatsa.embapa.br

Fernanda Birolo – jornalista;fernanda.birolo@cpatsa.embrapa.br

Marcelino Ribeiro – jornalista;marcelrn@cpatsa.embrapa.br

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